Last Updated on: 29th abril 2021, 04:38 pm

Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.

Sem pensar duas vezes, a relações-públicas argentina Vicky colocou sua vida em uma mala e se mudou para São Paulo a trabalho. Já fazia tempo que ela queria sair de Buenos Aires para morar em outro país e viver novas experiências, então a oportunidade veio na hora certa. Antes de tomar uma decisão final ela visitou a terra da garoa para reconhecer o terreno e logo se identificou com a cidade que é muitas em uma só. Com a ajuda da empresa, em poucos meses estava desembarcando por aqui com suas histórias na bagagem.

Encontrar o imóvel ideal, porém, não seria tão simples assim. Em seu último endereço na Argentina Vicky tinha uma vista privilegiada, com parques e muitas árvores por perto, por isso queria achar algo similar, de preferência com um pouco de verde na paisagem e o som de passarinhos ao fundo. O apartamento também deveria ser perto do escritório, na região do Itaim, e dentro do orçamento – ou seja, uma tarefa nada fácil.

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Como parte do pacote de relocação oferecido pela empresa em que trabalha, Vicky teve o apoio de uma corretora para ajudá-la nessa missão, mas após muitas visitas não gostou de nenhuma das opções disponíveis para aluguel. A luz no fim do túnel veio através de um amigo que lhe apresentou outro corretor. Foi assim que ela descobriu o charmoso prédio com apês duplex de 90 m² na Rua da Mata. O lugar estava quase perfeito, era moderno, iluminado, bem distribuído e tinha lindas paredes de tijolinho branco, o único problema era o revestimento dos pisos, que estava bem detonado e exigiu uma pequena reforma.

As mudanças não foram tão grandes assim, mas sempre fica aquela dúvida se vale a pena investir em um espaço alugado, por isso a moradora só alterou o que era realmente necessário: na sala de estar e no andar superior ela substituiu o piso original por laminado de madeira; a cozinha e a varanda tiveram os azulejos pintados de branco e os guarda-roupas também foram pintados e ganharam novos puxadores.

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Desde o começo Vicky sabia que seria praticamente impossível deixar para trás seus móveis e objetos queridos, então fez questão de trazer tudo para o Brasil, até mesmo os itens maiores, como o sofá novo comprado em Buenos Aires para aproveitar os bons preços de lá. Nada foi esquecido. “Lembro que a companhia de mudança embalou até a vassoura!”, brinca ela. Com tudo mais ou menos organizado dentro do apartamento chegou a hora de completar os ambientes com o que faltava, uma mesa de trabalho aqui, algumas cadeiras ali, cortinas novas e mesinhas de apoio estratégicas. Além disso, uma amiga que estava se mudando para os Estados Unidos na mesma época também colaborou doando plantas e objetos de cozinha.

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A parede da sala de jantar exibe uma coleção de molduras com fotografias coloridas clicadas pela própria moradora em diversos países. Entre as peças queridas estão a luminária de bolinhas sobre a estante, comprada na Tailândia quando ainda era difícil encontrar esses modelos em lojas convencionais, o coração de ferro recheado de tampas de garrafas, garimpado em um restaurante de Bogotá, e velas kitsch vindas de Barcelona. Sim, ela já viajou quase o mundo todo, sempre trazendo lembranças afetivas – mas essa história fica para o próximo capítulo.

Apesar de estar vivendo em São Paulo há poucos meses, desde setembro de 2014 para ser exata, Vicky conseguiu criar um lar que reflete exatamente quem ela é, de onde veio e por onde esteve. Confira mais fotos e muitos detalhes ainda essa semana aqui no blog.

Fotos por Rafaela Paoli

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