Last Updated on: 17th maio 2021, 12:43 am

O apartamento do cenógrafo e designer Rodrigo e do diretor de arte Guilherme é um daqueles tesouros escondidos no centro de São Paulo. Além da ampla metragem e de uma arquitetura que preserva detalhes originais, o apê conta com um delicioso quintal recheado de plantas tropicais e cores alegres. Aliás, foi justamente por causa dessa área externa que os moradores se encantaram pelo imóvel. * Veja aqui o Capítulo 1 e fique por dentro da história!

Para explorar ao máximo o potencial do jardim, Rodrigo recorreu à ajuda de Nilson Anaia, seu amigo e paisagista. Juntos eles desenharam um espaço convidativo e repleto de espécies diferentes: “A ideia sempre foi ter um jardim tropical, com plantas que fossem nativas ou se dessem bem no clima da cidade. Desde o começo nosso plano era ter uma mesa de piquenique e cadeiras para podermos fazer algumas refeições ali fora, o que acontece mais quando recebemos amigos”, Guilherme explica.

Quem também se deu bem com o novo quintal foram os gatinhos de Rodrigo, Engenheiro e Metálica. “Eu sempre tive gato e não consigo viver sem. Já as plantas vieram de uma vontade de reproduzir o quintal das nossas avós, lugares que sempre foram cheios de vasos”, Rodrigo conta. Perto da área de serviço, em um trecho que seria apenas uma passagem sem muita graça, o cenógrafo criou um dos ambientes mais legais da casa usando um sofá garimpado em brechó e muitos acessórios divertidos nas paredes. “É perfeito porque tem o clima do jardim, mas é coberto e confortável”, dizem.

Ideias em profusão | Capítulo 2

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Rodrigo e Guilherme já tinham uma queda pelo estilo escandinavo, mas se encantaram ainda mais depois da incrível viagem que fizeram para Estocolmo e Copenhague. “A escolha de cores, os desenhos simples, os materiais… tudo compõe um universo muito clean e sóbrio, mas sem ser asséptico ou frio. Para o meu gosto falta um pouquinho de ‘erro’, de ter um objeto que não tenha muito a ver com o resto, uma cor que destoa, etc. Acho que é uma concepção minha, talvez um olhar mais brasileiro”, fala Guilherme.

Essas referências escandinavas de materiais, texturas e cartela de cores são perceptíveis em todo o apartamento, mas especialmente no quarto do casal, um espaço mais neutro, mas ainda assim com bastante informação. A ideia inicial era ter menos objetos ou quadros, porém conforme os moradores foram juntando suas recordações, a decoração foi ganhando mais e mais conteúdo. Em frente à cama, mais obras de arte: a composição de duas molduras interligadas por fios de tricô, de Cris Bertolucci, é uma das favoritas de Guilherme.

Ideias em profusão | Capítulo 2

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A praticidade de viver no centro da cidade faz toda a diferença na rotina do casal: “Morar aqui é estar misturado a tudo e a todos e, ao mesmo tempo, estar bem perto de qualquer lugar. Estou no centro, onde tudo começa ou acaba”, Rodrigo resume. Para Guilherme, que também frequenta a região há mais de dez anos, a vantagem é poder se virar facilmente sem carro – há tempos ele vendeu o seu para dar entrada no apartamento em que morava antes.

Impossível não concordar que a personalidade dos moradores está estampada em todos os cantos. Rodrigo se enxerga no paradoxo entre a tranquilidade das cores suaves e a confusão organizada das coisas. Já Guilherme se reconhece nos espaços pensados como enquadramentos, como se a casa fizesse parte de um filme.

Fotos por Gisele Rampazzo