Last Updated on: 21st abril 2021, 04:31 pm
Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.
Exatamente dez anos atrás, a cineasta e professora de cinema Marcela descobria um apartamento charmoso em um prédio antigo na zona oeste de São Paulo. Sem elevador, com janelas de venezianas brancas e ambientes bem iluminados, o imóvel de 60m² lhe pareceu perfeito para a fase de sua vida que se iniciava na época. Hoje, tanto tempo depois, a moradora continua apaixonada pelo pequeno universo que conseguiu criar ali dentro.
Meio sem querer, essa busca por um novo endereço a fez descobrir outras maneiras de habitar os espaços. Com pouquíssimas paredes, móveis simples e muitas cores vibrantes, o apê conquistou Marcela justamente por sua atmosfera acolhedora e despretensiosa. Isso sem contar a marcenaria, que faz toda a diferença na decoração. Além de armazenar objetos, louças e livros, os armários tiram proveito de cada centímetro livre, fazendo com que os cômodos pareçam maiores do que realmente são. O desenho inteligente das peças é mérito do arquiteto Claudio Corrêa Abreu, um dos muitos talentos na equipe da Marcenaria Baraúna, que desde os anos 80 produz verdadeiras obras-primas com madeiras brasileiras certificadas.
A antiga proprietária do imóvel era a chef Bel Coelho, o que explica porque a cozinha ganhou tanta importância na reforma realizada antes de Marcela sequer conhecer o lugar. Quase todas as soluções criadas por Bel agradaram à cineasta, porém quando ela finalmente estava prestes a se mudar alguns ajustes foram feitos para que os ambientes se adequassem ainda mais à sua realidade. Com a ajuda da amiga e arquiteta Maria Augusta Bueno, a moradora repensou certos detalhes, como a mesa de jantar baixinha de estilo oriental que se transformou na bancada do escritório ou a tinta azul royal da cozinha, substituída por um tom berinjela, que é mais discreto.
Por conta da metragem do apartamento Marcela precisou se desfazer dos móveis que não caberiam no novo espaço. Alguns deles ficaram com seu ex-marido, outros foram parar na casa de sua irmã, porém os preferidos ainda a acompanham. A poltrona Berger e o simpático sofá são heranças de família que foram repaginadas com tecidos de cores neutras para que a marcenaria e a enorme fotografia azul assinada por Edouard Fraipont pudessem brilhar.
Desde que pegou emprestada a câmera fotográfica de seu pai quando tinha apenas 15 anos, Marcela aprendeu a se comunicar através das imagens. Esse olhar sensível, tão crucial ao longo de sua carreira, também afeta a forma como ela encara seu lar: “A casa é um lugar sagrado de aconchego, beleza e sossego.”, revela. Talvez seja por isso que a mistura entre o estilo oriental, leve e harmônico, e a arquitetura colorida, ousada e estimulante, faça tanto sentido para a cineasta.
Funcional, mas confortável. Antigo, porém moderno. Romântico e ao mesmo tempo contemporâneo. Esse apartamento é, no fundo, um pouco de tudo isso. Na verdade, mais fácil do que definir a decoração em dois ou três temas é dizer que a morada tem exatamente o jeito de sua dona, cheia de contrastes bem-vindos.
Fotos por Isadora Fabian
Oi! Adorei as cadeiras! De onde são?! Obg abs
Oi Bruno, tudo bom?
Puts, dessa vez não sabemos. Mas vamos tentar descobrir.
Lindo lindo o projeto, parabéns!!!! A
dorei o piso que imita cimento queimado, sabe informar a referência
Oi Kalina!
Lindo mesmo esse apê né?
Na verdade esse piso é realmente cimento queimado. 🙂
Por isso está tão bonito, hehe.
Beijos
Oi gente, tudo bom?
Gostei muito desse tom berinjela da parede da cozinha. Sabem me dizer o nome da tinta?
PS: O apê todo é lindo…
Obrigada, Beijos
Oi Lurdes, tudo bom?
Vamos tentar descobrir o nome da tinta com a moradora e aí te avisamos, ok?
Obrigada, Beijos 🙂
Não tenho como deixar de comentar. fazendo uma comparação meia boca, mas de coração existem casas, lares e vitrines. Mas o que me encanta, casa de verdade de gente feliz, lares encantandos pelas proprias mãos e vitrines de história de familia. como esta. ou como todas retratadas. UFA, FALO MUITO, BJS
Oi Jane!
Obrigada por seu comentário… 🙂
Realmente cada casa tem seu detalhe especial e muito sentimento envolvido, seja qual for o estilo.
Beijos e continue acompanhando as histórias!