Last Updated on: 20th abril 2021, 06:25 pm
Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.
Os prédios baixinhos, as ruas de paralelepípedo e o clima de bairro foram alguns dos motivos que levaram a gestora de projetos culturais Thereza a procurar um apartamento na região mais tranquila de Pinheiros. Após 3 anos de busca incessante e uma ou outra negociação frustrada, ela finalmente se deparou com um imóvel que tinha tudo para se tornar seu futuro lar: a localização estava perfeita, os ambientes eram bem amplos e as janelas, que permitem a entrada de luz solar durante o dia todo, ainda lhe garantiam uma vista para a copa das árvores. A única coisa que faltava era descobrir como trazer sua personalidade para a decoração do lugar.
Antes mesmo de começar a reforma, Thereza já imaginava como gostaria que os cômodos ficassem. Afilhada do arquiteto André Vainer, ela cresceu em uma casa idealizada por ele, por isso aprendeu desde cedo a viver em espaços abertos, arejados e muito iluminados. Por conhecê-la há tantos anos, André, que ficou encarregado do projeto desse novo endereço, conseguiu guiar as alterações de acordo com suas escolhas e expectativas. “Durante esse tempo em que procurei casas tive a chance de pensar no que eu realmente gostava e no que eu não queria para mim, então já tinha algumas ideias em mente.”, resume a moradora.
As mudanças estruturais se concentraram principalmente na cozinha e nos banheiros, porém acabaram influenciando o clima de todo o apartamento. Agora mais enxuta, a área de serviço cedeu alguns metros quadrados para que a cozinha pudesse acomodar uma pequena mesa de refeições e um extenso armário colorido, que pega a parede principal de ponta a ponta e serve de suporte para objetos e vasos de planta cultivados por Thereza. Um antigo corredor saiu de cena, deixando a sala de estar ainda mais confortável, e as paredes que restaram no living ganharam recortes e fechamentos de vidro em trechos estratégicos – assim os ambientes possuem menos barreiras visuais, o que reforça a luminosidade e a proposta de integração total. Quem abre a porta principal, por exemplo, consegue espiar um pedacinho da parede azul royal de um dos quartos, como quem vê o céu pela janela.
Com tanta transformação a obra que estava prevista para durar apenas seis meses acabou se estendendo para dez, mas a moradora não tinha pressa e não se arrependeu de esperar. Além de ser muito detalhista e cuidar para que todos os acabamentos fossem bem executados, o engenheiro responsável pela reforma deu um jeito de reaproveitar tacos que seriam jogados fora pelos vizinhos do prédio e garantiu bons descontos com fornecedores. Ele também seguiu à risca as especificações de André, feitas com base no que Thereza havia solicitado: “Me orgulho de ter pedido as bancadas 5cm mais baixas que o padrão, pois sou baixinha; a estante com mesa de trabalho que ocupa uma parede inteira da sala e a presença forte da madeira, porque ela traz um conforto especial.”, define ela.
Logo após sua mudança para o apê, Thereza ganhou outro presente do destino. Um dia sem querer ela reencontrou um antigo colega de cursinho, o educador Victor. Eles não se viam há dez anos, porém a sintonia foi tanta que pouco tempo depois já estavam compartilhando o mesmo teto ao lado de Fausto, o simpático gatinho do casal. Victor trouxe mais livros, mais quadros e mais cores à rotina – isso sem falar no grande piano de madeira, uma relíquia pessoal que conquistou lugar de destaque no meio da sala.
Com a mesma paciência que a levou a descobrir o apartamento ideal após anos de procura, a moradora foi escolhendo os móveis e objetos aos poucos, sem atropelar etapas: “Fui atrás das peças que precisava, mas sem a pressa de ter tudo de uma vez só. As cadeiras da cozinha, por exemplo, eu já namorava, mas só comprei quando entraram em promoção depois de terem sido usadas durante uma edição da SP-Arte. Também tive a sorte de herdar móveis importantes da minha família, como a mesa de jantar, o sofá e as poltronas – eles estavam muito bons, então só mudei os tecidos.”.
Em casa de quem trabalha com arte, o que não pode faltar são quadros, fotografias e obras de colegas e amigos queridos. Entre esses achados estão também fotos do avô de Thereza ou bobagens que ela e Victor encontram e resolvem expor, sem muita preocupação ou frescura. Como o apê está em constante transformação, essas molduras passeiam por aqui e ali, apoiadas em canaletas que reforçam essa liberdade de mudar.
Criativo como seus donos, o apartamento de Thereza e Victor é um sopro de personalidade e calmaria em meio à loucura da cidade. Seja pelas plantas espalhadas por todos os cantos, pelas cores que pincelam os cômodos sem se impor, pelo papel de parede floral ou pelos inúmeros tons de madeira que se combinam, a decoração inspira uma vida menos preocupada e bem mais leve. “Somos do tipo que gosta de casulo, então nossa casa é nosso porto seguro.”.
Fotos por Isadora Fabian, do Registro de Dia a Dia
Olá! Gostaria de saber de onde são as cadeiras de palhinhA! Brigada
Oi Luci!
Infelizmente não conseguimos descobrir de onde são as cadeiras de palhinha usadas nesse apto. Mas a Loja Teo tem umas vintage lindas: http://lojateo.com.br/category/produtos/moveis/cadeira/
Beijos
Que cozinha linda!!! Por acaso vocês saberiam me dizer qual o código desse tom de azul?
Obrigada 🙂
Oi Nathália, tudo bom?
Nos apaixonamos por essa cozinha! Infelizmente não temos o código do azul, mas de repente se você mostrar a foto para o seu marceneiro ele pode te mostrar algumas amostras similares. Acho que vale a tentativa.
Beijos!
Adorei o apartamento. Adorei o papel de parede preto, gostaria de saber aonde encontrar.
Oi Carla, tudo bom?
O papel é mesmo incrível. Ele é da marca de papel de parede chamada Branco. Segue o link: http://www.brancopapeldeparede.com.br/produto/papel-de-parede-petalas-e-asas-preto-flo-62988
Beijos 🙂
Que casa mais linda. Será que vocês não conseguiriam descobrir onde foram comprados os ganchos que penduram o guarda-chuva e bolsas?
Oi Thereza, tudo bom?
Realmente essa casa é apaixonante. A luz, as cores, a madeira clarinha… Tudo lindo! Os ganchos são da marca Fernando Jaeger e estão disponíveis em ouras cores também, olha que legal: http://fernandojaeger.com.br/fj/produto/cabideiro-pin/
Beijos!
Nossa, dá vontade de morar nessa casa. Linda demais!
Obrigada! A atenção e simpatia de vcs faz toda a diferença!
Eba!!!! Que legal..
Obrigada também 🙂
Linda essa casa! Vcs sabem dizer quem fez a marcenaria da cozinha? Adorei! Obrigada!
Oi Fernanda, tudo bem?
Realmente a marcenaria dessa cozinha é muito especial. O desenho foi feito pelo arquiteto André Vainer, mas não sabemos te dizer qual foi a empresa que executou. beijos
Oi de novo!
Descobrimos quem executou a marcenaria. Foi a Marcenaria Baraúna, eles são muito bons!!! Olha o site: http://www.barauna.com.br
Beijos
Casa lindas e inspiradoras. Amo o blog
Ahhhh, que máximo Mary! Muito obrigada por nos acompanhar por aqui. 🙂
Beijão,
Que casa linda!!! Amei cada detalhe.
Vocês sabem de onde é a luminária da cozinha? Essa branca que aparece aqui: http://i2.wp.com/historiasdecasa.com.br/wp-content/uploads/2016/02/23-decoracao-cozinha-aberta-cores-azul-cimento-queimado.jpg
Obrigada!!
Oi Iana, tudo bem? Essa luminária da cozinha é da Reka … dá uma olhada no site que eles têm muitas opções. beijos
Casa linda e aconchegante!!
Que marcenaria linda, quem fez o projeto?
Oi Yasmin, tudo bem?
Realmente a marcenaria dessa cozinha é muito especial. O desenho foi feito pelo arquiteto André Vainer, mas a execução é da Marcenaria Baraúna. Eles são ótimos! http://www.barauna.com.br/estudio/cozinhas
Beijos