Last Updated on: 19th abril 2021, 02:31 pm

Há três anos e meio a fotógrafa Nina se mudou para seu primeiro apartamento, porém fez questão de levar na bagagem boa parte da família. Com móveis herdados dos avós, retratos antigos e outras peças bem especiais, ela aproveitou a decoração para contar um pouco de sua história e de quebra se sentir mais próxima das pessoas que ama. O arquiteto Luiz, seu namorado, foi morar no apê algum tempo depois e a ajudou a completar os últimos detalhes da reforma. Ainda não leu o Capítulo 1? Então acompanhe essa casa desde o começo por AQUI.

O interesse de Nina pela fotografia despertou durante uma viagem à Londres, quando ela ainda nem tinha prestado vestibular: “Aproveitei para fazer um curso e praticar com uma câmera que meu pai havia me dado. Nessa mesma época, minha mãe descobriu que existiam faculdades com graduação em fotografia aqui em São Paulo e eu logo me animei. Eles acabaram me guiando, me ajudando a encontrar esse caminho.”, lembra a moradora, que hoje comanda o estúdio Flare Fotografia ao lado do sócio, Lucas. “Como somos em dois, temos a chance de trabalhar em diversas áreas: no fim eu sou mais das pessoas e o Lucas é mais das coisas.”, brinca.

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Sempre de olho em sites e revistas de decoração atrás de inspirações para seu apartamento, Nina encontrou uma referência de cozinha com armários abertos de ar industrial e se apaixonou. Ela logo mostrou a ideia para Luiz, que também adorou a solução. Após alguns rascunhos e cálculos, o arquiteto adaptou o desenho das prateleiras com portas de correr ao espaço que eles tinham disponível. Por conta do investimento que fez na obra, a fotógrafa precisou passar diversos meses sem esse móvel na cozinha, vivendo no improviso: “Quando terminamos esse cômodo, foi uma delícia, pois nos deu uma sensação de etapa concluída. O ambiente passou a funcionar melhor, além de ficar mais bonito, o que era muito importante, já que ele é totalmente aberto para a sala.”, explica.

Um dos lugares mais alterados durante a reforma foi o quarto do casal. O espaço cresceu quando incorporou a metragem do antigo dormitório de serviço, o que permitiu a criação de um closet e de um banheiro mais amplo. Simples e aconchegante, o quarto tem menos informação que o restante do apê justamente porque a moradora queria que ali fosse um canto para descansar e encontrar tranquilidade. Quando fechadas, as portas de correr de madeira lembram um guarda-roupa comum, mas quando abertas elas mostram a integração entre as diferentes funções do cômodo. Ao invés de uma cabeceira convencional, Nina recorreu a um biombo vintage para emoldurar a cama e hoje tem um carinho especial pela peça.

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Não é difícil captar a personalidade de Nina e Luiz em cada canto do apartamento. Além da estrutura em si, com materiais crus e muita simplicidade, os móveis resgatam lembranças, os objetos revivem viagens e os quadros deixam à mostra trechos do trabalho da moradora e dos artistas que admira. “Todas essas memórias que temos aqui, junto com as nossas escolhas arquitetônicas, trazem um equilíbrio entre o que sou, de onde vim e a forma como quero viver. Acho que é esse equilíbrio o que faz da nossa casa um lar!”.

Fotos por Rafaela Paoli