Last Updated on: 16th abril 2021, 05:47 pm
Passado e presente se cruzam na casa que a diretora de criação Ciça escolheu para viver. O imóvel alugado exibe algumas marcas do tempo e está longe de ser um lar impecável, mas é justamente isso o que o torna acolhedor. A personalidade da moradora se manifesta em cada espaço, cada quadro pendurado nas paredes e cada peça exposta com carinho, formando uma história contada por meio de objetos e lembranças. * Se você perdeu o Capítulo 1, confira a matéria completa AQUI.
Ciça acredita que ter plantas faz toda a diferença na vida, por isso ela faz questão de cultivar diversas espécies em vasos de barro e jardineiras espalhados pela área externa nos fundos do terreno. Equipado com móveis de madeira rústica e uma bancada com pia e portas de cortininha, o ambiente ao ar livre é usado como ponto de encontro dos amigos ou local de descanso. “Minha casa é pequena, então toda vez que meus amigos vêm almoçar ou jantar monto uma mesa no quintal e por ali ficamos, gosto muito de recebê-los assim. Durante a semana, uso o espaço para tomar café e ler o jornal aproveitando o sol.”, conta ela.
Os acabamentos originais desse trecho da construção são simples, mas também contribuem para o visual antiguinho e despretensioso da casa. No piso de cimento os seixos brancos pontuam o cinza e na área da bancada o rodapé de ladrilhos estampados faz um belo arremate. A edícula é dividida em dois cômodos, sendo que um deles virou um pequeno depósito e o outro funciona como um escritório usado por Ciça eventualmente.
Já faz oito anos que a moradora é diretora de criação da Editora Trip e, segundo ela, os desafios que cada novo projeto apresenta é o que mais a entusiasma em seu trabalho. Em paralelo, Ciça é também uma das criadoras da Casa Samambaia, um espaço para troca de ideias e eventos culturais ligados à arte, design, empreendedorismo e por aí vai. “A Casa Samambaia não foi algo pensado e colocado em prática, ela simplesmente aconteceu. Somos três sócias, eu, a Paula Carvalho e a Ana Rosa Sardenberg, e fomos entendendo aos poucos o que queríamos fazer ali. Hoje sabemos que a casa é uma espécie de laboratório de formatos, ideias e encontros. E tudo isso com quintal e jardim! Fazemos feiras com micro produtores, ocupações de arte, workshops… essa possibilidade de trabalhar com propostas diferentes e buscar novas maneiras de se conectar com o mundo é o que mais nos interessa.”, explica.
O quarto de Ciça é um refúgio dentro do refúgio. Ali, a luz natural e os tons claros presentes no restante da casa se repetem, porém os acessórios e tecidos trazem um colorido ao ambiente. Na parede de cabeceira está a fotografia assinada por uma amiga, a artista Regina Parra, uma das obras mais recentes da moradora. A estante, posicionada ao lado da cama, não compromete a circulação e ainda acomoda sua preciosa coleção de livros.
Por conta das escolhas intuitivas da decoração, Ciça se reconhece em cada trecho de sua morada – e essa sensação não tem preço. “Gosto muito de viver em uma casa pequena e que tem quintal, onde posso ficar sempre com as portas e janelas abertas. Isso me faz bem. Assim como estar rodeada por cachorros, plantas, amigos, coisas… essa bagunça viva.”
Fotos por Isadora Fabian, do Registro de Dia a Dia
Muito bonito…mas só tenho curiosidade de saber onde as pessoas guardam as roupas/roupas de cama/malas/etc, pois eu nunca vejo guarda roupa nos quartos…rs
Oi Carol! Tudo bom?
Realmente em algumas situações a gente evita fotografar o guarda-roupa – caso os armários não tenham muita graça ou a gente ache que não vai fazer falta na matéria, por exemplo. Na casa da Ciça o guarda-roupa fica em frente à cama, mas era um modelo antigo, então ela também preferiu que não fosse fotografado.
Beijos
Ah entendi…obrigada
Declaro minha paixão por Historias de casa . Gosto de casa vivida, casa real como as que vocês nos trazem.
Beijos
Ahhh, que amor Mary!!! Muito obrigada pelo carinho e por seguir o nosso trabalho. ♥ Beijão