Last Updated on: 16th maio 2021, 10:57 pm
Para o cenógrafo e chef de cozinha italiano Roberto Rebaudengo sua casa em São Paulo representa a tentativa de encontrar um equilíbrio entre os diferentes estilos que o instigam. “Sempre gostei de barroquismo e de confusão, mas por outro lado também gosto muito da simplicidade e do minimalismo. Acho que a casa tem um pouco disso: um canto cheio de plantas e um deck com pouco mobiliário; uma parede cheia de livros, um em cima do outro, e uma sala vazia, só com uma mesa… é uma relação entre cheio e vazio”, ele revela. * Confira o Capítulo 1 da história para não perder nenhum detalhe.
Todos os espaços foram planejados por Roberto, inclusive a cozinha – um de seus lugares favoritos. O morador e seu marido, o empresário Caio Zaccariotto Ferreira, são rodeados de amigos arquitetos e muitos deles deram pitacos na reforma, mas no fim das contas quem decidiu mesmo foi a usabilidade de cada ambiente. Na hora de definir o novo layout da cozinha Roberto seguiu dois pontos de partida: manter o antigo armário embutido de madeira e colocar o fogão em uma ilha central para que ele pudesse cozinhar olhando a vista.
O piso escuro e as paredes coloridas emolduram o espaço, dando a ele seu merecido destaque: “Esse é sem dúvidas o centro da casa. Deve ser algo mediterrâneo… em nossa cultura quase tudo acontece na cozinha”, o morador diz. Apaixonado pelo verde, Roberto elegeu um tom cítrico para a parede da janela – quem o ajudou na escolha foi a cenógrafa e amiga Greta Cuneo, finíssima conhecedora das cores. Outro detalhe especial na decoração é o armário com portas de ‘cortinas’ feitas com uma rede de pesca garimpada por Caio em Paraty. “Ela foi comprada há cerca de 8 anos e ficou esperando até agora para achar seu lugar”.
Além da cozinha, o jardim com piscina é o espaço onde todos os moradores da casa costumam se encontrar. Como o terreno possui duas entradas distintas e diversas escadas e passagens, o casal e seus hóspedes conseguem ter privacidade quando necessário – assim a convivência é sempre uma escolha, e não uma obrigação. Quanto ao paisagismo, Roberto confessa que ainda conhece pouco as espécies brasileiras, então sua relação com o jardim é experimental. “Plantamos o que a gente gosta e vamos deixando as plantas se acharem. Gosto das sobreposições. É um prazer passear pelo terreno e descobrir flores ou frutas nascendo, muitas vezes embaixo ou atrás de outras espécies”, ele conta.
Na decoração dos quartos dos hóspedes, que funcionam como pequenos lofts, não existe muita regra. O cenógrafo define alguns dos móveis e cores, mas cada morador tem liberdade de fazer suas próprias intervenções. Em geral é tudo realmente compartilhado. No quarto da fotógrafa suíça Carol, por exemplo, as paredes também são coloridas e o mobiliário de madeira clara traz um toque de aconchego.
Roberto diz que o que faz de sua casa um lar é o amor – pelo marido, por sua vida no Brasil, pela culinária, pela companhia de pessoas queridas, pelos cachorros Irina e Dimitrij… “O Caio e eu temos gostos diferentes e a casa deve ser acolhedora para os dois. Isso faz com que a decoração seja um processo contínuo, com móveis e objetos que entram e saem daqui. Acho que esse dinamismo é coisa mais saudável de todas”.
Fotos por Alessandro Guimarães
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Que casa de sonhos!!!
Sabem dizer de onde é a mesa redonda de jantar? Obrigada!
Oi Luiza,
Puts, essa peça infelizmente não sabemos 🙁
Linda a casa e o clima que emana dela!! amei o tom azul da parede, sabe me dizer que cor é essa?
Oi Daniel, tudo bom?
As cores das paredes da cozinha estão fazendo sucesso, muitas pessoas nos perguntaram, rs. Estamos tentando descobrir com o morador e quando ele nos retornar te avisamos. Beijos
simplesmente linda, amei, obrigada por compartilharem estas imagens, deixa nossos dias mais
felizes, é realmente um prazer visitar esta pagina…
Ownnn, obrigada Eliana! E pra nós é um prazer quando recebemos esse carinho, nos inspira a trabalhar com ainda mais amor pelo que fazemos. Beijão
Uma das casas mais lindas que já vi aqui! Poderiam me dizer o nome da cor da tinta verdinha da cozinha?
Oi Jack! Eba, que alegria ler isso. Também curtimos muito essa casa e as histórias que ela guarda. 🙂
Ainda não conseguimos descobrir o nome da tinta, mas estamos caçando essa info com o morador. Se descobrirmos te avisamos por aqui.
Beijos
Uma casa de muita personalidade. Gosto disso…
Adoramos essa casa também! A mistura de cores, materiais e o próprio conceito coletivo da casa são únicos.
Beijão