Last Updated on: 16th maio 2021, 09:34 pm
O artista plástico venezuelano Ricardo e o hidrogeólogo Gerd decidiram morar bem no centro de São Paulo, em uma das avenidas mais antigas da cidade. Apesar do movimento incessante e do excesso de informação do lado de fora, o apartamento do casal tem uma aura tranquila e minimalista, com muito branco e peças escolhidas a dedo. “Quando cheguei em São Paulo pela primeira vez, fiquei muito motivado pela mistura de caos e arquitetura. Parte do meu trabalho tem a ver com esses encontros. O centro é o bairro mais interessante da cidade, aqui há uma diversidade de pessoas que é difícil de achar em outros lugares”, Ricardo diz. * Curioso para conferir o Capítulo 1 dessa história? Veja tudo AQUI.
O apartamento tem uma estética única – não só pela decoração e pelos objetos reunidos pelos moradores ao longo dos anos, mas também pela arquitetura e pela própria distribuição dos espaços, que foge bastante dos layouts convencionais. “Sempre achei que não tem uma distribuição perfeita”, o artista brinca. Os quartos ficam voltados para a rua, por isso são mais barulhentos e a grande sacada só pode ser acessada por eles; a sala está mais recuada no interior do apê, então não tem vista para fora; e a sala de jantar acaba sendo mais iluminada que a outra. Realmente imperfeito, mas não menos charmoso.
Funcional e simples acima de tudo, a cozinha foi pouco alterada pelos moradores nesses 14 anos de apartamento. Quando o casal se mudou, Ricardo pintou o teto com um turquesa-cinzento, mas manteve os azulejos tradicionais. Somente o piso foi trocado algum tempo depois e hoje é de pastilhas para remeter aos acabamentos usados na época de construção do prédio. Além do teto colorido, outro detalhe especial do ambiente é a mesa de zinco com pés de madeira, comprada em 1997 e trazida de Londres.
No quarto do casal o branco domina a cena novamente – os únicos pontos coloridos são a tela em tons de azul na parede e a coleção de bichinhos comprados no México. “Sempre quis cobrir a parede atrás da cama de lambri de madeira como se usava na década de 1960, mas nunca tomei a decisão. Além disso, acho meio ruim modificar o espaço original. Por enquanto, temos um quarto bem simples. Não precisamos de mais”, Ricardo fala.
Dois backgrounds bem diferentes se cruzam no lar do casal. Enquanto Ricardo cresceu em um apartamento pequeno dos anos 50 em Caracas, Gerd passou a infância em uma casa com jardim e arquitetura racional na região de Antuérpia, na Bélgica. Até hoje, o artista é mais ligado ao visual do apê, enquanto o hidrogeólogo fica de olho na funcionalidade – e a união dos dois olhares é o que enriquece a decoração e dá alma aos espaços.
Fotos por Isadora Fabian, do Registro de Dia a Dia
Qual é o tom do azul das paredes? É a mesma da do teto da cozinha?
Puts… como essa matéria é mais antiga, vai ser difícil descobrirmos. rs
Lindo, calmo, elegante e relaxante…Senti falta de ver o banheiro !
Oi Nilva!!! Esse apê tem muita personalidade, nós amamos… Infelizmente as fotos do banheiro não saíram tão boas, então acabamos não usando. 🙁 Beijos