Last Updated on: 15th maio 2021, 07:07 pm
Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.
Sete anos atrás, o designer e arquiteto Humberto encarou uma grande mudança de vida: ele recebeu uma proposta de trabalho e veio de Brasília para São Paulo sem olhar pra trás. O que ainda não sabia era que no ano seguinte estaria inaugurando seu estúdio de design e que a terra da garoa lhe reservava muitas surpresas felizes. Uma delas foi descobrir, assim por acaso, um apartamento na Santa Cecília com tudo o que precisava, até quintal. “Eu trabalhava nessa mesma rua. Um dia saindo para almoçar notei a placa de aluga-se e visitei o apê. Quando vi que ele tinha um quintal e os acabamentos eram originais, resolvi alugar”, Humberto lembra.
Para quem estava acostumado a viver em uma cidade onde tudo é bem espaçado e o horizonte está sempre à vista, se mudar para o centro de São Paulo não é das tarefas mais fáceis, mas Humberto se adaptou tranquilamente. Até porque, agora ele consegue resolver todas as questões do dia a dia em um raio de 600 metros de casa e ainda pode sair para jantar a pé pela região. “A escala de Brasília tem um preço: a mobilidade. Lá tudo se faz de carro, pois as distâncias são muito grandes. Aqui, a luz é difusa e o céu mais cinza, mas a escala da malha urbana permite uma vivência diferente”, explica.
O fato de o apartamento ser antigo foi uma das coisas que conquistou Humberto, então ele não realizou nenhuma reforma desde que se mudou – apenas pintou uma parede ou outra. Para trazer personalidade à casa, o designer colocou em prática seu olhar criativo e o dom de misturar peças distintas sem se prender a regras. Na verdade, o critério usado para a escolha dos objetos é simples: o que ele ama tem lugar garantido e a decoração é um resultado disso. “Sou essencialmente curioso e sempre gostei de objetos, mas a vida no centro da cidade me despertou bastante isso, uma acumulação controlada”, ele brinca. A sala, por exemplo, exibe vários desses itens interessantes, além de cores fortes nas paredes e no quadro azul inventado pelo morador.
Humberto conta que alguns dos móveis foram desenhados por ele especialmente para o apartamento, para solucionar questões específicas. “Não tenho muitas peças tramadas em casa, que são meu trabalho mais conhecido. Elas já habitam todo o meu ateliê, então aqui quis um contraponto”, diz. A decoração também mistura garimpos vintage, protótipos do morador e até criações assinadas pelo estúdio RAIN, com quem Humberto divide um ateliê na Barra Funda.
Na cozinha, um pouco de improviso e detalhes coloridos trazem charme ao espaço antigo. O armário sob a pia é de cortininha, os azulejos ganharam adesivos vermelhos para fugir da mesmice e o paneleiro foi feito a partir de uma grade. Nas prateleiras com mãos-francesas chamativas, as louças, os temperos e os livros de receita são organizados como objetos de decoração – e o efeito é lindo. Assim como em seu trabalho no universo do design, no apartamento de Humberto os materiais, os estilos e os tons se encontram em harmonia, compondo um lar que traduz suas referências e seu jeito de enxergar a vida. * Quer fazer o tour completo? Acompanhe de perto para não perder o Capítulo 2.
Fotos por Rafaela Paoli
Meu deus esse sofá!
Sabem informar de onde é?
Oi Bruno, tudo bom?
Puts, infelizmente não achamos essa informação. E a matéria é um pouquinho antiga, então vai ser difícil descobrir 🙁
Gostaria muito de saber qual tinta foi usada, para a parede da sala de tv. Maravilhosamente linda. Pretendo fazer nessa mesma cor em uma parede da minha cozinha.
Oi Ana, tudo bom?
Infelizmente não temos o nome da cor, porque o morador foi fazendo misturas e resultou nesse tom, então é difícil descobrir um exatamente igual.
Mas outro dia publicamos um apto com parede verde bem linda também. https://www.historiasdecasa.com.br/2020/03/30/o-mundo-inteiro-numa-casa-so-ape-colorido-1/
Nesse caso a cor chama: Floresta de Montanhas, da Suvinil.
Bjs
Fiquei curioso com o tom de verde da meia parede na sala… é possível saber qual a referência da tinta que ele usou?
Oi Cesar, tudo bom?
Infelizmente não temos um nome específico para te passar. O morador contou que fez uma mistura: comprou um verde claro e foi colocando verde escuro até chegar nesse tom. Então meio impossível saber, rs… 🙁
Encantada com a criatividade da decoração! Amei o tapete da sala, vocês sabem informar de onde ele é?
Realmente é uma casa bem especial. 🙂
O tapete foi desenhado pelo morador e está à venda na marca Bellouchi: https://www.instagram.com/bellouchirugon/
Bjs