Last Updated on: 15th maio 2021, 06:50 pm
Ter um bom jardim para permitir que seu amor por plantas tomasse conta era um dos sonhos da cineasta Carol. Por isso, ela e o marido, o também cineasta Brenno, optaram por deixar seu antigo apartamento para trás. Eles encontraram o lugar perfeito para essa nova fase em uma casa com quintal bem amplo e muros cobertos por trepadeiras. Desde a mudança, há seis anos, a rotina da família já se transformou – principalmente após o nascimento da filha Teresa. Agora, o jardim se tornou ainda mais especial para eles, pois é onde todos se reúnem. “Se não chover, usamos nosso quintal diariamente, seja de dia ou de noite”.
Todas as plantas que o casal já tinha em seu endereço antigo foram levadas para a casa, e devagarinho eles foram transplantando para a terra as espécies maiores que estavam em vasos, como jabuticabeira, costela-de-adão e dama-da-noite. O maior lazer de Carol é cuidar de cada espécie, mas sem muita intervenção. “Gostamos de deixá-las bem selvagens, respeitando seus caminhos e formas, sem um paisagismo clássico. É legal ver como cada uma se comporta em cada estação, e acompanhar essa movimentação natural”, ela diz. Teresa também participa desses momentos e com ela tudo vira brincadeira – as pedras são suas amigas. Como a moradora queria trazer um clima de sala ao jardim, ela fez uma composição com um sofá de ferro, almofadas coloridas e até abajures, então o aconchego é garantido.
Quando o casal se mudou, o quarto principal já havia passado por uma reforma e algumas das paredes traziam tijolinhos aparentes, então eles quiseram manter o detalhe rústico. Nesse espaço a decoração é mais neutra e com menos coisas, para estimular o descanso de corpo e mente. O closet fica em uma área separada do quarto e isso é ideal para Carol e Brenno, já que muitas vezes sua rotina de trabalho não coincide. “Como filmamos em horários estranhos, às vezes 4 ou 3 da manhã, não atrapalhamos tanto o outro que estiver dormindo”, explicam.
O quarto de Teresa só ficou realmente pronto quando ela estava perto de nascer. Os moradores não sabiam o sexo da filha antes disso, então criaram um espaço neutro e universal. Eles valorizam muito a reutilização de peças, por isso quiseram aproveitar o que já tinham para montar o ambiente – o berço de ferro foi um presente e a cômoda pintada veio da avó da menina, por exemplo. Para trazer o ar lúdico, o casal pintou montanhas em meia parede inspiradas no jogo de celular chamado Monument Valley.
“Como estamos sempre viajando, ou criando histórias e personagens para os filmes que trabalhamos, em nossa casa fazemos o mesmo. Contamos nossas histórias com os objetos e momentos que estamos vivendo, adaptando lugares e coisas de forma criativa para dar vida ao lar. Cada cantinho tem uma marca, sejam as pinturas de durex que Teresa fez em um dia de festa, sejam os recortes de imagens de que gostamos, ou as peças que encontramos por aí”, Carol fala. Para os moradores, a casa ganha uma nova forma a cada instante, e eles gostam de vivenciá-la com todas essas marcas. Ao invés de uma casa toda arrumadinha, para eles é mais importante que ela tenha vida e a alma de quem a habita.
Fotos por Gisele Rampazzo
Totalmente encantada com esta casa!! A espontaneidade, as cores, dá pra ver que as coisas não estão engessadas, mas em pleno movimento!
Oi Jú, sim!!! Uma casa livre e espontânea 🙂
Um aconchego essa morada.
Tem como informar o nome da planta de cipo com flores rosa?
Obrigada!
Linda mesmo a casa 🙂
Acreditamos que a planta seja uma Primavera, sabe? Aquelas Bougainville. Pelo menos nos parece. Beijos