Last Updated on: 21st março 2023, 03:26 pm

A história do apartamento da arquiteta Clara Nahas e do programador Stefano Branz começa com o casal colocando todos os seus pertences no porta-malas de um carro alugado e partindo de mala e cuia de Vitória, no Espírito Santo, com destino à cidade de São Paulo. Há cerca de 6 meses, a arquiteta havia começado a trabalhar de forma remota no escritório paulistano TODOS, mas com a volta ao regime presencial, ela fez questão de se mudar o quanto antes. Como Stefano trabalha em casa, ele embarcou na decisão. Em 15 dias a mudança interestadual estava feita e, naquele momento inicial, o casal se instalou em um apê temporário para começar as buscas por um lar definitivo.

Quando, por fim, encontraram o apartamento onde vivem, Clara e Stefano se apaixonaram pela farta entrada de luz – o que, inclusive, levou a arquiteta a comprar um globo espelhado tempos depois. O piso de tacos também foi um ponto alto. Por outro lado, o imóvel estava vazio e sem graça, ou seja: eles teriam que se dedicar para transformar o espaço em um verdadeiro lar. “Como a gente gosta muito de passar tempo juntos na sala, achamos por bem começar a decoração por este cômodo. Para nós, é o ambiente de maior interação, quando estamos recebendo visitas ou até mesmo quando estamos sozinhos”, eles contam.

Como Clara é arquiteta, foi ela quem comandou a maior parte do processo de decoração do espaço, sempre contando com a ajuda e a opinião do Stefano, é claro. As paredes, que estavam em um tom de amarelo claro, foram pintadas de branco e receberam prateleiras do lado onde a TV foi instalada, já a maior parte dos móveis, como a mesa e as cadeiras de jantar, foi garimpada em lojas de desapegos online. Entre os itens mais afetivos estão um leque herdado pela Clara de sua mãe e um cronômetro analógico que pertenceu ao pai de Stefano, além de uma mesinha de apoio criada pela própria moradora a partir de uma pedra de mármore que sobrou de uma obra.

“À medida que fomos montando a sala, eu olhava para a parede da mesa de jantar e sentia falta de algo que preenchesse aquele vazio”, conta Clara. Foi então que ela e Stefano tiveram a ideia de criar uma parede galeria com os quadros da BOEMI. A arquiteta não resistiu à tentação de montar um projeto inicial no computador e aproveitou para testar vários layouts diferentes: um quadro bem grande em posição central, dois de tamanho médio, um conjunto de pequenos… até que chegou na composição atual com diversas obras de tamanhos variados preenchendo a parede toda.

Na hora de escolher as artes no site da BOEMI, o casal revela que o quadro que mais lhes chamou a atenção foi o Red Crown Crane, do artista Ogata Korin, com figuras de garças em um fundo ocre. Eles amaram tanto a peça que ela até ganhou destaque central na galeria!

Após instalarem cada quadro por conta própria, Clara e Stefano explicam que o impacto no clima do espaço foi imenso: “Parece que virou outra sala. O fato de termos usado vários quadros e com muitas cores diferentes deu uma vida que o espaço ainda não tinha”.

Como Stefano adora cozinhar, a mesa de jantar é um lugar onde o casal acaba passando bastante tempo. Isso sem contar que o apê se tornou um point para os capixabas a passeio por São Paulo, hóspedes frequentes no endereço. “Quando recebemos visitas de parentes e amigos, amamos organizar a mesa para o café da manhã”, eles dizem. E se a visita der sorte, à noite até rola uma pizza feita totalmente em casa!

Com os quadros novos, Clara e Stefano sentiram que o espaço das refeições ficou muito mais vivo e agradável, e por consequência, a casa ganhou ainda mais a cara de seus moradores. “Somos muito comunicativos e bem-humorados, então entendo que nossa casa é feliz. Ela reflete nossa personalidade ao ser funcional, aconchegante e com cores vivas. O fato de ser bem iluminada também ajuda muito, somos pessoas diurnas e começar o dia com a luz entrando na sala  é algo que nos alegra”.

3 dicas da arquiteta Clara Nahas para criar uma parede galeria:

Paleta cromática

“A primeira coisa que eu fiz foi entrar no site da BOEMI e procurar as imagens que brilhassem mais os meus olhos. Para isso, eu utilizei a paleta cromática que aparece em minha casa: tons de ocre, verde, um pouco de amarelo e de azul”.

Mix de estilos

“Misturei imagens mais figurativas com imagens abstratas. É uma forma legal de deixar a galeria mais leve e interessante”.

Atenção à simetria

“Outra coisa que fiz e me ajudou muito foi traçar uma linha vertical imaginária no eixo da parede e trabalhar a simetria a partir daí. Os dois lados têm quadros de tamanhos iguais, porém em posições diferentes”.

Confira todas as obras incríveis da BOEMI no site da marca.

Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Leila Viegas