Last Updated on: 30th julho 2024, 04:05 pm
Quando os avós da arquiteta Beatriz Barbieri compraram este apartamento, há cerca de 50 anos, ele ainda estava na planta. Como a família é do interior, a ideia era ter um lugar para abrigar quem precisasse vir a São Paulo – e assim aconteceu. “Muita gente já morou por aqui, minha tia com meus avós, meu pai na época de cursinho, eu morei durante a faculdade com amigas, depois junto com minha irmã quando ela veio para a cidade”, Bea lembra. Após 12 anos vivendo ali, o espaço já estava bem desatualizado para Beatriz, por isso veio a vontade de fazer uma reforma completa, dessa vez preparando o lugar para uma nova etapa e oficializando também a presença de um novo integrante: seu namorado Lucas, que na prática já estava sempre por ali e chegou a viver no apê durante a pandemia para facilitar a logística do isolamento social.
“Conheci o Lucas em nossa cidade natal, Araraquara, há 8 anos, logo que tínhamos voltado do intercâmbio – ele na Finlândia e eu na Itália. O que nos aproximou na época e continua nos aproximando são nossos hobbies e interesses, e isso reflete bastante na decoração do apartamento. Outro ponto muito importante foi a fotografia, eu adorava as fotos que ele tirava e o seu olhar para as coisas… hoje nós temos uma coleção de câmeras analógicas doadas pela família e garimpadas, algumas fotos nossas pela casa e também muitos livros sobre o tema”, conta Beatriz.
A reforma foi assinada pelo escritório Voa Arquitetura, com projeto feito pela própria moradora e gerenciamento de obra com ajuda de suas sócias e equipe. Com a mudança, a sala, que antes não tinha iluminação natural suficiente e não atendia às necessidades do dia a dia, foi ampliada, anexando um dos quartos. Assim, o ambiente ficou amplo, com duas janelas e várias funções, como sala de TV, escritório e área de jantar, além de um espaço especial para lazer com os discos e o bar.
“Como o apartamento tem bastante história, conectamos o passado e o presente, incorporando elementos originais do prédio construído na década de 1970, como o piso de ipê”, lembram os moradores. Além disso, o projeto tem uma dimensão sensorial, que consegue conciliar minimalismo e aconchego, flertando também com a estética brutalista, pois evidencia materiais e texturas.
Já que o apê foi “reinaugurado” há pouco tempo e a ideia dos moradores era criar uma parede galeria acima da escrivaninha, eles decidiram contar com a ajuda da galeria online BOEMI para dar o pontapé inicial nesse movimento. O ponto de partida foi escolher obras minimalistas que combinassem com o projeto e também com tons mais neutros, sendo que algumas obras foram escolhidas por conta dos artistas, como Henri Matisse e Paul Klee. “A BOEMI tem muitas opções e, ao mesmo tempo, o site é bem organizado por estilo, então fica fácil de encontrar o que cada um gosta. Há também sugestões semelhantes que aparecem quando você visualiza alguma obra, e várias possibilidades de molduras”, Bea comenta.
A obra favorita entre todas da casa acabou sendo a Landscape at Collioure by Matisse que, ao vivo, surpreendeu pelos detalhes da impressão, sendo possível visualizar até mesmo a textura do tecido da tela. Para Lucas, ela traz cores para a sala que antes estava neutra, sem pesar demais ou se destacar entre as outras obras. A partir do empurrão inicial com essas escolhas na BOEMI, a intenção do casal é continuar incluindo nas paredes outras peças e fotos de suas viagens ao longo do tempo, permitindo que a casa incorpore suas referências, histórias e inspirações.
Outro cantinho especial que ganhou uma obra nova foi o do móvel dos discos, onde os moradores queriam algo mais impactante, então optaram por um tamanho maior. O tocador de vinil é um dos xodós da casa, assim como o mobiliário vintage que permaneceu no apê durante décadas e tem design de ninguém menos que Sergio Rodrigues. Acordar com calma e tomar café da manhã ouvindo seus discos favoritos é um ritual prazeroso com o qual Beatriz e Lucas fazem questão de começar os dias aos finais de semana.
Para Bea, o apê que sempre esteve carregado de histórias da família agora está pronto para ser palco de diversas outras: “Tenho lembranças muito boas aqui: a primeira era de vir com minhas amigas de Araraquara para passear em São Paulo e ir em festinhas. Depois, a de quando me mudei para cá com a minha melhor amiga e criamos uma rotina e uma vida juntas. Por último está a memória de quando voltei para o apartamento depois da reforma e realmente senti que esse lugar era meu, mesmo já morando há 10 anos nele, agora eu pude de fato colocar minhas coisas e identidade aqui dentro.”
Texto por Yasmin Toledo | Produção por Dora Campanella | Fotos por Leila Viegas
Muito bom gosto e aliado á funcionalidade!
Olá,
Mais um lar lindo e único. Parabéns pela curadoria!
Gostaria de saber qual o material tanto da bancada (península) quanto do piso da cozinha, por favor. Obrigada!
A bancada é de granilite e o piso da cozinha é cimento queimado!
Ambiente reflete requinte, bom gosto, cores claras tudo e acolhedor.
Mto lindo o apê, requinte e personalidade!
Lindo espaço! Bom gosto e requinte.
Adorei a luminária de papel de arroz. Onde encontro por favor?
Obrigado!
De Portugal, que espaço agradável, cores claras. Confortável e onde apetece estar.
Simples, claro e calmo. Perfeito.
Muito bom gosto. Vocês são uma galeria ou escritório de arquitetura? São Paulo? Sou do Rio de Janeiro. Como combinar quadros que já tenho com outra pegada com o de vocês? Obrigado. Bom dia.
Oi, Adriano, tudo bem? O Histórias de Casa é uma página de decoração. A Boemi é uma galeria de quadros. Entrando em contato com eles pela DM do instagram você pode tirar suas dúvidas https://www.instagram.com/boemistore/
Impecável!
Que lindo!
Uauuu. Nota-se perfeitamente que os moradores viveram na Europa. Esse apartamento passaria muito bem por Europeu. Adorei ver as influências escandinavas e japandi. Parabéns pelo bom gosto.