Last Updated on: 29th abril 2021, 04:39 pm

Vicky nasceu e cresceu em Buenos Aires, mas apesar de ser apaixonada pela cidade ela sempre quis morar em outro país. Em São Paulo há aproximadamente 6 meses, a jovem relações-públicas encontrou um apartamento na medida ideal e o transformou em seu refúgio pessoal. Se você perdeu o primeiro capítulo, acompanhe AQUI o começo dessa história.

… Por trabalho ou a lazer, Vicky teve a oportunidade de visitar muitos lugares – alguns que, inclusive, fogem dos roteiros convencionais. Conhecer novas cidades é uma de suas paixões, porém hoje acredita que a companhia e as pessoas que descobre pelo caminho são mais importantes que o destino em si. Para manter as memórias de viagem sempre vivas, ela comprou um quadro com o mapa-múndi e aos poucos vai marcando os países onde já esteve. A ideia é, quem sabe um dia, conseguir assinalar todos eles.

Vicky sabe a importância de preservar e reconhecer suas raízes, mas ela é também uma daquelas pessoas de espírito livre que se adaptam facilmente a novos cenários. Quando visitou Londres pela primeira vez, aos 12 anos, logo percebeu que aquele poderia ser o seu lugar no mundo e disse para si mesma: “algum dia ainda vou morar aqui”. Na Ásia, onde já viajou para Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Índia e, mais recentemente, China, ela se encantou por Xangai, cidade em que também se imagina vivendo.

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O mapa na parede ainda marca muitos outros locais, como Croácia, São Francisco, Nova York, Marrocos, Jordânia, Bósnia e Puerto Escondido, que fica no sul do México e é um dos pontos preferidos de Vicky. Seria impossível descobrir tanta coisa ao redor do globo e voltar de mãos abanando, por isso a cada viagem a moradora garimpa itens interessantes que a fazem lembrar as experiências vividas além-mar.

Quando era mais nova ela trazia lápis e canetas, porém com o tempo a coleção evoluiu para livros e objetos de decoração. Da China vieram pôsteres do Museu da Propaganda Comunista, monges de cerâmica e um dragão recortado a laser; de NY uma coqueteleira vintage comprada em um mercado de pulgas no Brooklyn; do Marrocos peças de cerâmica estampadas… e isso para citar apenas alguns exemplos. Vicky brinca que um dia sua casa vai virar um pequeno museu.

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Com tantos detalhes para ver em um apartamento não tão grande assim, ela preferiu manter os ambientes neutros e com pouca informação para que os elementos pequenos pudessem se destacar sobre o fundo clarinho da estante da sala, das paredes e dos armários. O andar superior do duplex de 90 m² é acessado por uma escada com degraus de madeira e guarda-corpo feito com barras metálicas que conferem um visual leve à estrutura. É lá em cima que a moradora gosta de passar seu tempo livre, seja esparramada no sofá ou montando arranjos de flores sobre a mesa do escritório em sua “cadeira cabeluda”. Os arranjos, aliás, estão se tornando um de seus hobbies, como surfar, fotografar e pintar quadros.

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Mesmo com a correria diária, São Paulo conquistou a argentina com as ruas arborizadas do Jardim Europa, que é pertinho do apê, os graffitis coloridos da Vila Madalena e a sensação de que aqui é possível ser quem você quiser porque sempre será bem-vindo. Ao mesmo tempo Vicky não subestima as mudanças e sabe que, uma hora ou outra, elas acabam mexendo com você. Mas pensando bem, já que é para mudar, melhor que seja trazendo a casa toda na bagagem.

Fotos por Rafaela Paoli