Casa dos anos 50 reformada para acolher família que cresceu | Capítulo 1

Last Updated on: 18th junho 2024, 09:23 am

Uma fachada dos anos 50 com um jardim que cheira à lavanda e manjericão; portas e janelas antigas preservadas e um hall de entrada na cor mostarda que revela um piso de ladrilhos hidráulicos e uma escada de madeira original. Essa é só uma prévia dos encantos do novo lar da Marcela Madureira e de sua família – que, aliás, já cresceu mais uma vez desde a última visita que fizemos em sua casa anterior:  

“Estamos aqui faz um ano e meio. Tivemos nosso segundo filho, adotamos mais um cachorro e, por um tempo, eu e meu marido trabalhamos em home office, então sentimos que nossa antiga casa começou a ficar pequena”, Marcela conta. 

Como tanto ela, quanto seu marido Alex, são arquitetos, os dois se envolveram em todo o processo de busca e reforma do novo endereço, que precisava ser espaçoso o suficiente para a família, com pelo menos 3 quartos e um ambiente adequado para criar um escritório em casa. Eles lembram que quando entraram no novo lar, logo se identificaram com o estilo do lugar e perceberam que, com algumas modificações, o imóvel atenderia muito bem as suas necessidades. 

No andar de baixo, a obra envolveu principalmente a troca de lugar da cozinha, que originalmente era pequena, fechada e ficava bem no meio da casa, deixando os ambientes escuros e nada integrados. Na nova versão, as paredes internas foram demolidas, criando um espaço único e aberto para a área externa dos fundos:  

“Eu acho que a cozinha é o coração da casa, estamos sempre preparando refeições ou fazendo um café, um chá ou algum lanche para as crianças. Além disso, ela é o ponto de conexão entre o quintal e a área social interna, fazendo com que realmente tenha esse lugar central, tanto emocionalmente como fisicamente”, diz Marcela. 

Durante a reforma, o casal fez questão de manter ao máximo os elementos originais da casa, como portas, janelas e grades de ferro. Os pisos existentes foram restaurados, assim como a escada de madeira; já do lado de fora, a obra aconteceu de forma cuidadosa para respeitar a fachada e manter viva a trepadeira que cobria a parede. 

Na decoração, o clima é espontâneo e mistura peças que vieram do endereço anterior com itens novos e presentes de família: “A sala de estar hoje tem um grande futton que ganhamos dos tios do Alex. É uma história engraçada porque a ideia inicial era colocar no quarto das crianças, mas não tínhamos noção do peso e tamanho. Quando o recebemos, ele acabou ficando na sala porque não conseguíamos subir pelas escadas de tão pesado. Ele se tornou o lugar preferido das crianças e dos cachorros e, com isso, acabamos incluindo definitivamente no layout”, lembra a arquiteta. 

Enquanto a área social é bem integrada e favorece os momentos em família, o escritório fica estrategicamente isolado, mas com uma abertura oportuna para o jardim da frente: “Tenho meu escritório fora de casa também, mas gosto muito de ficar por aqui em alguns dias da semana. Me concentro mais, trabalho melhor e consigo também ficar mais perto das crianças”. Nas horas livres, Marcela tem o hobby de desenhar e por isso várias artes feitas por ela enfeitam a parede de tijolinhos expostos. 

De forma geral, é fácil para o casal perceber o impacto positivo do novo endereço na vida em família: todos os dias eles levam as crianças para a escola a pé e, com mais espaço, a casa até se mantém organizada por mais tempo – o que é uma grande vantagem quando se tem dois filhos e dois cachorros. 

“As crianças correm mais soltas pela casa, os cachorros gostam de ficar no portão espiando a rua, e eu e o Alex adoramos estar morando em um novo lar”, resume Marcela. 

Continua no Capítulo 2

Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Maura Mello