Last Updated on: 18th novembro 2024, 09:24 am
Um apartamento em um prédio icônico que une doses de nostalgia, muitos garimpos, soluções espertas de arquitetura, quartos bem aconchegantes e gatinhos que são os verdadeiros donos do espaço… o lar onde o arquiteto Pedro Crescenti vive com sua namorada Olivia e seu primo Alexandre tem uma atmosfera toda especial, e não é pra menos: ele fica no Parque das Hortênsias, edifício emblemático projetado por Artacho Jurado na década de 1950.
Para Pedro, viver ali é realmente uma experiência completa, e ele confessa que várias vezes se pega admirando cada detalhe do prédio — do jardim aos revestimentos coloridos. Aliás, a admiração pelo legado de Artacho é tanta que ele simplesmente não podia ignorá-lo quando decidiu comprar e reformar este apê: “Eu sabia que não era um projeto somente para mim, mas sim respeitando o edifício como um todo, então quis trazer o Parque das Hortênsias e a história dele um pouco pra dentro. Foi difícil sair da minha zona de conforto e usar mais cores, texturas e formas do que eu estava acostumado. Arrisquei, brinquei, gostei e acho que deu certo…”, ele conta.
Na reforma, o arquiteto fez questão de abrir o terceiro quarto para aumentar a área social, assim como integrar a cozinha, que, de quebra, ganhou mais iluminação natural. A justificativa é simples: de nada adianta viver acompanhado quando cada cômodo da casa é separado por uma parede. “Sem integração, você sempre vai estar sozinho, mesmo morando com mais pessoas. Vai cozinhar sozinho, vai comer sozinho… a não ser que os moradores fiquem grudados o tempo todo”, resume.
Na decoração, Pedro faz o tipo sentimental e adora ter a casa cheia de lembranças especiais, como fotos de infância e objetos herdados de família. A mesa de centro que hoje está em sua sala fazia as vezes de uma prancha de surf em suas brincadeiras de criança quando visitava a casa de seu tio, por exemplo. Já a cadeira do escritório pertenceu a seu avô e as camas do quarto de hóspedes foram de seu pai. Até mesmo algumas obras de arte são herdadas ou remetem a pessoas importantes, como o pôster de uma peça de dança em que sua mãe se apresentou, e por meio da qual acabou conhecendo o seu pai, que fazia parte da equipe como assistente de produção.
Assumidamente apaixonado por “cacarecos”, Pedro se orgulha da solução que encontrou para dispor suas coleções e ainda garantir uma iluminação mais aconchegante na casa: “Coloquei prateleiras suspensas por toda a extensão das vigas, com fitas de led para cima, criando uma fonte de luz indireta, e aproveitando para apoiar meus objetos”. Outras ideias que deixam o convívio mais agradável na sala são o sofá em forma de ilha e o balcão da cozinha, que se tornou um dos cantos preferidos de todos.
Nos dois quartos, Pedro quis criar uma atmosfera de conforto, acolhimento e sossego, e para isso, ele optou por papéis de parede que quebrassem o aspecto de “caixa branca” dos espaços. As camas também são importantes: em seu quarto, o móvel foi feito à mão por sua amiga marceneira Fernanda Barreto, enquanto as peças do quarto de hóspedes — como já dissemos acima — são heranças de família.
Para completar a experiência e garantir um sono realmente restaurador, os colchões e travesseiros são da Luuna e possuem tecnologia especial para deixar as noites mais frescas, mesmo no verão ou durante ondas de calor:
Pedro diz que, no fim, o apê ficou tão acolhedor que frequentemente seus amigos e familiares acabam se reunindo ali para passarem mais tempo juntos – e todos sempre comentam: “Nossa, sua casa é a sua cara!”.
“Eu sou muito hiperativo, crianção, inquieto, e o apartamento é todo interativo, ele tem jogos, brinquedos, cacarecos e coisas com as quais é possível interagir”, o morador conta.
Com o hábito de acordar cedo, Pedro adora passar seu café e se sentar na cama, observando a luz da manhã entrar pelas janelas, tomar conta do apê e convidar os gatos para se deitarem onde o sol esquenta: “Aqui em casa, onde olho tem coisas que me remetem a momentos de felicidade, lembranças boas, histórias…estou acolhido”.
Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Felco
Maravilhoso! É da onde o papel de parede?
Vibrante e espontaneo ! Gostei! ,-)