Last Updated on: 18th fevereiro 2021, 02:09 pm
Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.
Para a designer Elisa, o visual de seu apartamento tem mais a ver com uma colcha de retalhos do que algo realmente planejado e proposital. Nos 100m² em que vive com o seu filho Max, de 3 anos, muitas cores, livros, arte e objetos divertidos trazem à tona trechos de sua história e seu repertório de inspirações. Como ela já teve diversos endereços, sua experiência e liberdade criativa permitem que novas perspectivas sejam sempre exploradas: “Tenho coisas que estão comigo há 20 anos e já fizeram rodízio em todos os cômodos das casas em que vivi: banheiro, cozinha, quarto, sala…”, diz a moradora. E assim, de maneira orgânica, seu lar acaba refletindo sua personalidade da forma mais genuína possível.
“Quando visitamos o apê pela primeira vez, vislumbrei a possibilidade de termos um lugarzinho tranquilo, voltado para o fundo do quarteirão, perto de grandes vias de transporte, da escolinha… enfim, uma vida pedestre”, conta. Para deixar o apartamento ainda melhor, uma reforma precisou ser feita, adaptando a planta, que era confusa e escura, para as novas necessidades e estilo de vida da família. Sob comando do escritório de arquitetura Vapor 324, praticamente tudo foi alterado: a sala e a cozinha ganharam integração; blocos de vidro foram introduzidos para aumentar a incidência de luz; ladrilhos hidráulicos agora colorem as áreas molhadas e a serralheria desenha os novos batentes das portas.
“Uma das coisas mais legais é que consigo enxergar quase tudo de todos os lugares. Fico super tranquila com as explorações do Max, que corre, pula no sofá, anda de patinete e expande a brincadeira por todos os cômodos. Ele me ajuda a cuidar do jardim e dos gatos, a lavar louça, guardar as coisas… tudo fica à mostra e acessível”, revela.
A decoração é fluida e divertida, com detalhes coloridos e objetos mostrando que clássicos do design convivem muito bem com garimpos e peças de artistas locais. Para dar espaço ao home office de Elisa, uma estante grande e repleta de livros não só delimita a área da sala, mas serve também como mesa de escritório. A presença de Max é o que determina que os livros infantis estejam na parte de baixo das prateleiras, e as pequenices e objetos delicados permaneçam em andares superiores, deixando o ambiente mais seguro e interativo para as crianças.
Entre as peças mais queridas para a moradora estão, por exemplo, a casinha e o avião feitos de madeira por seu avô e a cerâmica de Paula Juchem, em que uma cabeça sopra uma bola de chiclete. Mas não para por aí: “Tem uma escultura da Nydia Negromonte que sempre me intrigou, uma manga espetada por uma faquinha de cozinha. E também os quadros, cada um deles com uma história, mas acho que os meus preferidos são os dois cachorrinhos que uma senhorinha portuguesa que era minha vizinha me vendeu”, conta a moradora.
Com um olhar naturalmente sensível e inspirador, repleto de referências pessoais ou trazidas pelo trabalho na área criativa, Elisa constrói sua casa sem pensar em planos ou metas a serem atingidas. Para ela, a questão é simples: “A casa é um retrato da vida que levo, minha pequena toca, recheada de coisas que gosto, e também com o que o Max gosta. Sempre adorei essas coisinhas, bichinhos de porcelana, brinquedinhos, pequenos objetos delicados, engraçados… e agora somam-se a eles dinossauros, carrinhos, mini skates… não tenho regras e mal sei colocar um quadro reto na parede, mas acho que isso também é legal e tudo bem”.
Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Gisele Rampazzo
Apaixonada por essa cozinha! Sabem dizer de que material são os armários desse ambiente? Esse revestimento azul parece tão diferente do que vejo por aí, com um ar retrô…
Oi Jess, tudo bom?
Os armários são de Formica mesmo. A diferença é que na marcenaria as bordinhas de madeira ficam aparentes – dá pra mostrar a referência pro marceneiro e pedir assim.
Beijos
Gostaria de saber de onde é essa luminária de louça branca imitando bola de chicletes!
Oi Adriane, tudo bom?
Na verdade é uma escultura da Paula Juchem, tem na loja Dpot Objeto.
https://www.instagram.com/paulajuchem_/
Ah, esses quintais abarrotados de plantas!! Muito amor!! <3 <3