Last Updated on: 17th fevereiro 2021, 06:41 pm

Basta entrar no apartamento da Stephanie e do Tulio para perceber que esse é um lar vivo e impactante. As cores estão por todas as partes e mesmo os detalhes dizem muito sobre a identidade do casal. Para eles, a inspiração pode vir de qualquer lugar, então é inevitável que as referências se acumulem e misturem, criando combinações cheias de memórias afetivas e sacadas visuais. 

Tulio trabalha como curador de conhecimento e, no endereço anterior, sentia a necessidade de ter um quarto de estudos. Além disso, os moradores percebiam que o cachorro Basquiat também precisava de mais espaço, então a mudança para o apartamento atual foi feita no começo do ano para suprir essas novas demandas. Como Stephanie é arquiteta e escritora, ela logo enxergou potencial no novo apê, principalmente por suas grandes janelas e pela sensação de casa que ele transmite, como se fosse um refúgio suspenso na cidade.

Além de alguns poucos reparos técnicos, nenhuma grande reforma foi feita, mas isso não significa que o casal não tenha repaginado o lugar totalmente. “A casa era triste e desconexa, então usamos as cores para dar uma cara de lar, com a nossa identidade e um ar mais jovem”, eles falam. Na sala, a cor verde logo ocupou as paredes, e mais tarde Stephanie levou para o ambiente outros tons que combinavam com ele. Nessa brincadeira, até mesmo o rack da TV comprado pelo casal em um bazar de móveis foi pintado de laranja. E não para por aí: a cozinha, que já tinha um piso interessante e meia parede de azulejos, recebeu uma camada de tinta rosa, quebrando a estética puramente funcional que o cômodo costuma ter.

Na decoração, ideias criativas convivem com garimpos e presentes. “Adoro o vaso de vidro roxo dado pelo meu amigo Guto Requena; amo o pote de balas pintado à mão que minha tia deu e também o quadro feito por uma criança que compramos tão barato e hoje é um xodó”, diz a arquiteta. Na mesa de centro, assim como na cozinha, lustres de vidro que iriam para o lixo foram ressignificados e se tornaram vasos para plantas e flores. E se o assunto é planta, o apartamento não deixa a desejar: uma combinação de várias espécies forma uma minifloresta particular em plena sala de estar.

“Eu amo a casa da minha avó, e essa coisa de jardim, plantas e ficar descalça me faz lembrar minha infância”, Stephanie conta. Mas se tratando de referências, ela não se esquece da viagem que fez com Tulio para Cuba e das características que viram nas moradas de lá: simples e coloridas, assim como eles gostariam que fosse seu lar. Com tantas inspirações distintas, o resultado só poderia ser também estimulante: “Acho que nosso apartamento é aconchegante e isso era uma intenção: ter uma casa que abraça quem amamos”, o casal diz. * Deu vontade de ver mais? Então fique ligado no Capítulo 2 com a continuação dessa história aqui no blog.

Fotos por Rafaela Paoli

CONTINUA