Last Updated on: 16th maio 2021, 07:45 pm
Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.
Do lado de fora, uma avenida movimentada da cidade, com pessoas indo e vindo todos os dias. Do lado de dentro, muita calmaria, janelas emoldurando o jardim do prédio e uma decoração branquinha e suave. Esse contraste é um dos detalhes que surpreende quem entra no apartamento térreo da designer de interiores e produtora Mariana Kraemer. Seu marido, Rafael, é crítico de arte, dramaturgo, músico e artista plástico nas horas vagas, então a arte – em todas as suas formas de expressão – é o fio condutor desse lar.
Antes de se mudar para o apartamento em Higienópolis há quase 2 anos, o casal havia morado nos Estados Unidos durante um tempo, então quando eles voltaram ao país logo começaram a procurar um imóvel para alugar – os dois tinham pressa para se estabelecer, principalmente porque Mari estava grávida da pequena Felipa na época. Para completar a equação, a designer estava realizando um trabalho no Rio de Janeiro e por isso viveu alguns meses na ponte aérea.
“Um dia pela manhã, antes de voltar a São Paulo, fiquei olhando o mar e pensando: tenho que achar um apartamento com a janela grande, com horizonte. Nesse mesmo dia, durante a tarde, descobri esse apê. Quando eu entrei, me tomei de felicidade. Era o apartamento mais lindo que eu já tinha visto. A janela dava para um jardim cheio de árvores, era amplo, com pé-direito alto, planta de prédio antigo… nada me tirava da cabeça que nosso lugar seria ali”, ela lembra.
O apartamento estava bem conservado e na verdade não seria preciso reformá-lo, mas o olhar de designer de Mari a botou fazendo mil planos e imaginando possíveis mudanças. “Como a profissão não nega, me enchi de ideias na cabeça, porém existia uma condição da proprietária: não podíamos mexer em nada, nem pendurar prateleiras e armários nos azulejos da cozinha, por exemplo”, ela conta. No entanto, o que poderia ter sido frustrante acabou sendo um alívio e hoje a moradora tem orgulho de dizer que o apê é um ‘patrimônio tombado’. Nesse caso, foi a família que precisou se adaptar à arquitetura original, e não o contrário.
Como o casal foi passar 2 anos em Nova York logo depois do casamento e suas peças permaneceram no Brasil, essa seria a primeira casa onde as coisas da Mari e as coisas do Rafael finalmente se encontrariam no mesmo lugar. “Eu já vinha pensando há um tempo como seria a nossa casa, ansiosa de nos vermos juntos, em um espaço real”, a designer diz. A maioria dos móveis pertencia a ela, enquanto a maioria das obras de arte eram do marido – e a soma de tudo isso é o que dá vida ao apartamento.
A presença do branco e dos tons claros na decoração também é algo que veio de Mari, já que ela sempre gostou de ambientes que transmitem leveza. “É uma escolha pessoal, faz parte de mim. Sempre a vontade de acalmar. E eu sabia que do lado do Rafael vinha seu universo encantado, colorido, cheio de livros, objetos e desenhos. Eu acreditava que o equilíbrio disso traduziria o que a gente espera ser como casal”.
Já que a arte e a música são elementos importantíssimos na vida da família, elas mereciam um espaço para si. Com cavaletes herdados do ateliê do pai de Rafael, artista plástico, e um tampo de madeira, o casal criou uma grande bancada de trabalho, também usada para encontros, aulas e debates. O piano tem um valor especial, porque foi um presente de boas-vindas ao apartamento, e o restante foi chegando de mansinho, baseado em experimentação e na flexibilidade.
“O Rafael é músico desde pequeno, tocou em orquestras e morou na Alemanha na adolescência por conta disso. Filho de um casal de artistas plásticos, a casa onde ele nasceu até hoje é integrada com dois ateliês de arte. Seu universo sempre foi esse. Eu sou neta de duas mulheres que sonharam em ser artistas de teatro e filha de uma mãe baterista, tocadora de piano e violão. Meu avô também tinha ateliê em casa, esculpia madeira, escrevia livros e pintava em nanquim. Me tornei apaixonada pelo movimento e pelo espaço, apaixonada pela dança e pelas artes. Sem dúvidas, nossa casa é o reflexo dessas histórias e agora ainda conta com os brinquedos e objetos da Felipa, sinalizando uma nova vida por aqui”. * Gostou da matéria e quer conferir o restante do apê? Tem mais clicando no Continua abaixo.
Fotos por Alessandro Guimarães
Hi what is the white ball beside the children’s bicycle? could you tell me where it is from?
que lindo!
de onde é a mesa que tem a cadeira amarela?
e o banco que acompanha a mesa?
Oi Vera, tudo bom?
A mesa foi montada pelos moradores mesmo, usando cavaletes herdados de um ateliê e um tampo de madeira.
O banco é desses simples, talvez você encontre em lojas de móveis de demolição. Bjs
A sala é simplesmente demais, tão confortável e de uma beleza inteligente! ❤
Que linda a planta que aparece nas fotos 3,4 e 5! Sabem qual é? O apê é maravilhoso!!
Oi Lisia, tudo bom?
Tenho quase certeza que é folha de inhame. Dá uma olhada aqui nesse link: https://www.greenme.com.br/alimentar-se/alimentacao/5687-taro-inhame-cara-taioba-mansa-taioba-brava-tinhorao
Beijos
Amei a decoração assim branquinha!